ELISABETH MERELIM
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15 março, 2010

Rodoviários buscam salários justos, empresários dos transportes aumenta passagem e usuários contra tarifas abusivas.

Há tempos ouve-se falar do jabá que rola com os aumentos das passagens dos ônibus em Juiz de Fora. Os centavos do aumento fazem o caixinha para o prefeito. É a conversa dos encontros para um cafezinho na Halfeld, nas rodinhas dos empresários do centro da cidade, dos politiqueiros, e até dos oposicionistas ao governo. Em algumas reuniões partidárias comentava-se a boca pequena o uso do caixinha como presente para o Prefeito e os vereadores amiguinhos do prefeito.
E cada período eleitoral o mote de não aumentar a passagem dos transportes urbanos, promessa de campanha.

Todo ano os embates entre sindicato dos rodoviários por reajuste salarial, parte patronal. Aprovado o reajuste da classe trabalhadora, entra dias depois o Executivo anunciando aumento da passagem. E não passavam em “brancas nuvens” na ponta final, os usuários, esses vão buscar seus direitos, os estudantes não aceitam o aumento, pois não cabe no orçamento da classe estudantil, e lutam pelo meio-vale estudantil, os trabalhadores buscam seus sindicatos para irem a luta contra o aumento das passagens. O povo vai as ruas.
Aos olhos das contradições, a verdade sobre o caixinha como resultado do aumento das passagens, ficava oculto da sociedade juizforana.
Mas essa questão veio à tona em 2008 nas investigações subsequentes ao ex-Prefeito Carlos Alberto Bejani (ex-PTB).

Refrescando a memória
Falsa Promessa de Campanha.

Em 2004 ano eleitoral o candidato a prefeito e deputado estadual pelo PTB Carlos Alberto Bejani, em uma reunião no Comitê Financeiro de Campanha diante de dezenas de lideranças comunitárias e uma multidão de pessoas, prometeu que não aumentaria as passagens de ônibus urbanas em Juiz de Fora e que iria a partir de 1º de janeiro de 2005 reduzir a passagem de R$1,20 para R$1, 10. Promessa que foi feita também a uma rádio e TV da cidade. Ora os trabalhadores que tem um salário aquém das necessidades de uma família, ouvindo isso, não tiveram dúvidas é o prefeito ideal. E os votos vieram.

Em 27 de março de 2005, Bejani faz comunicado oficial, anuncia reajuste das passagens para R$1,30 a partir de 1º de abril. Os usuários ficaram indignados com o aumento, e em locais na cidade era comum ouvir reclamações, nos pontos de ônibus, faculdades, postos médicos, filas dos bancos, mercados.
Entrou na briga pelos usuários em nome da anulação do aumento da passagem uma associação, que reuniu-se dia 29/03 na sala Delta da Câmara Municipal para discutir as medidas que deveriam ser tomadas contra o Decreto Municipal nº 8.498 do dia 26 de março com reajuste da tarifa em 8,34%.. Na reunião ficou definido entrar na Justiça, pela anulação do aumento, e mobilizar as frentes representativas da população.
A mobilização em 2005 não foi expressiva nem por parte dos estudantes e nem por partes dos movimentos organizados, sindicais e classes trabalhistas. Veio à luta uma Associação que somente tinha uma diretoria para falar em nome, mas não havia uma participação direta dos usuários, e grupos de alunos da UFJF dos DA, que fizeram passeatas.
A Associação, e outras pessoas que estavam à frente do movimento contra o aumento da passagem, naquela ocasião, denunciavam a quebra de promessa de campanha do prefeito Bejani e entraram 31 de março com liminar na Vara da Fazenda Pública para anular o aumento de tarifa.
Os movimentos de rua aconteceram, 02 de abril com alunos da UFJF em passeata pela cidade com cartazes e nariz de palhaço questionando a quebra de promessa de campanha do prefeito, em 7 de abril estávamos no calçadão da Halfeld com faixas e palavras de ordem contra o aumento da passagem. O que deu força ao movimento sem dúvida foi à cobertura dos meios da imprensa em todos os atos que nós fizemos. O povo não tinha hábito de ir as ruas fazer reivindicações ao governo.
Bejani justificava que a decisão para o aumento era diante das perdas das empresas de transporte coletivo, considerando gastos fixos e variáveis, como reajuste salarial dos rodoviários.
Perdemos a luta, a passagem passou a ser R$1,30. Os trabalhadores passaram a andar mais a pé para chegar ao trabalho, crianças e mães desciam os morros a pé para chegar as escolas. Mulheres grávidas iam a pé a cidade, para resolver problemas domésticos. Idosos iam ao centro receber suas aposentadorias a pé.

Ano 2006

Em 31 de março sindicatos que representam os rodoviários e os donos de empresas de ônibus reuniram-se para discutir o reajuste salarial dos rodoviário, mas não chegaram a um consenso na hora de aprovar aumento.

O prefeito Bejani anuncia novo reajuste da tarifa, que passa a valer de R$1,30 para R$1,55. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFJF organiza passeata em protesto ao aumento das passagens, e pelo meio-vale transporte para estudantes, a manifestação ganha ruas em 1º de fevereiro, começou no campus, percorreu os bairros Dom Bosco, São Mateus, Av. independência, Av. Rio branco fechou o trânsito e concentrou-se na frente da Câmara Municipal à tarde.
No dia seguinte 02 de fevereiro, os estudantes vão as ruas novamente com cerca de 300 manifestantes, entre sindicatos, representantes partidários e população. A manifestação foi reprimida violentamente por parte dos policiais militares com spray de pimenta, golpes de cassetetes e cavalos, ficando estudantes e 2 jornalistas feridos. Moradores dos prédios jogavam papéis nos militares contra a truculência deles aos manifestantes que lutavam contra o abusivo aumento dos ônibus urbanos.
Dia 03 de fevereiro a manifestação ganha corpo e concentra-se com cerca de 300 estudantes em frente ao Hotel na Av. Independência repleto de políticos em evento por parte do governo de Minas Gerais. Entre eles o deputado federal Custódio Mattos.

Ano 2007

Prefeito Bejani aumenta a passagem dos coletivos urbanos de R$ 1,55 para R$1,75

13 comentários:

Ana Miranda disse...

O pior nisso tudo é que não há o mínimo conforto nesses ônibus.
O trabalhador que vai em casa almoçar sofre, pois para aumentar o lucro, os empresários do setor não colocam ônibus extras no horário de pico e o usuário é transportado como gado.
À noite, depois de um dia exaustivo de trabalho, enfrenta-se o mesmo problema.
Fazer o quê, né?
Os empresários e os políticos que poderiam resolver esse problema, não andam de ônibus, andam em carros com ar condicionado, quiça com motorista.

Anônimo disse...

Que bom vai ser um histórico das malandragens que envolve o transporte público em juiz de fora. Legal.

Terezinha disse...

vamos aguardar se os patrões dos transportes coletivos vão aumentar a passagem se aumentar a população vai gritar fora custódio.

Anônimo disse...

O transporte de juiz de fora esconde muita coisa suja debaixo do tapete. Vamos ver se não vai ter aumento. Se tiver sei que voce vai pra ruas e toda essa gente que defende nós que trabalhamos e não temos muito dinheiro pra pagar passagens caras na cidade.

Ana Miranda disse...

Olá Beth, tudo joia? estou sentindo falta de seus comentários lá na Tribuna. Você está sem tempo???

Elisabeth Merelim disse...

Oi Ana Miranda,
Tenho enviado saiu terça ou segunda um comentário, o boca do mundo ficou um dia fora do ar, até escrevi para os jornalista.
Ana vai mais tarde no seu e-mail vou escrever para vc.
Estou um pouco atarefada e ainda nem terminei a postagem que faz um histórico dos aumentos da passagem dos ônibus e deflagra a corrupção com a queda do Bejani.
Obrigada por tudo Ana.

sandra disse...

Amiga Beth lastimo vc ter que passar por isso. Já disse a vc política é algo podre. Porque vc deixa essa coisa tocar sua doce alma. Vc é pura demais pra essa gente sem carater, pensa que vamos conseguir uma cidade melhor, tem muita gente envolvida na sujeira do Bejane. Partidos, comércio, comunidades, ex-prefeitos, políticagem pura. Sai um entra outro e lá na prefeitura esbarramos sempre com as mesmas caras no comando das salas. E quando precisamos resolver alguma coisa eles enrolam a gente. Atendem aqueles que ficam sugando a comunidade em votos para eles. serviço que é bom nada.
Não vai ficar triste vem passar o domingo com a gente com nossa familia e nossos vizinhos vamos tocar um violão e voce fala suas poesias para todos e dos livros que voce tras para nós. Vem que estamos de braços abertos para voce. O Paulo já falou com a gente, não liga não. Voce tem mais do ele. Ele é um pobre coitado.

Fatima disse...

Oi Elisabeth chegou ontém ao nosso conhecimento o que acontecendo. Voce não tá sozinha e não vá ficar distante entendeu. Amigos é pra toda hora, nos bons e maus momentos. Conte com a gente, falou. O que precisar. Nada de querer resolver tudo sozinha.

Renato disse...

Essa gente é monstro querem papar juiz de fora de qualquer jeito. Tô fora, e todo mundo que conhece voce Beth tá do seu lado.

Anônimo disse...

Nem a gaiola de ouro dá ibopi aqui não leva, sai fora corvades. Manda ver Elisabeth temos que mandar esse volta pra terra dele, se é que ele tem alguma que o acolhe. Bastou um bejani da vida outro de jeito nenhum. Tão pensando que voto aqui dá em arvore. Cambada de otários.

Fernando disse...

Querida Beth voce não está sozinha.
Bjs cherry

Dr. Sérgio disse...

Elisabeth lamentável a que nível chegam os políticos. Que jogo maldito. Fica fria voce está acima de tudo isso e sabe. Esse Zé ruela pensa que somos bestas e quer que engolamos ele goela abaixo. Vamos mostrar a ele quem somos. Bem que a turma dele já fez o serviço expos quem ele é. Já estamos sabendo a tempos faltava dar transparência. O discurso é forte e aos menos avisados pode convencer. Somos cabeças pensantes. Estamos sempre por perto e conhecemos as carinhas deles. Até que não precisamos temer por voce depois dessa exposição maciça dos quadrupedes que o cercam qualquer coisa que acontecer a voce eles serão os primeiros a serem investigados a começar por esse meia boca dos calabouços.
Abraços

O POVÃO disse...

Que m----! gente sem beira e nem eira. Tudo doidão. Naquele lugar de notícia o tal definhou. Se tinha armado uma pra se dar bem acabou se dando mal. Betinha meu anjo estamos todos com voce. Se quizer é só chamar que a gente chega junto e prova tudo que voce fez e o que voce é. Sai fora forasteiro. Só aturamos voce pelo serviço que nos presta colocando a população o que o movimento do povo nas ruas, e os sindicatos e os professores, e outros jornais já fazem. Voce grita para nós, afinal o dinheiro tá na sua mão!

assinado o POVÃO!